segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CÓDIGO ALEXENA

       para Ledo Ivo, Cajazeira Ramos e Gerana Damulakis

O cafofo onde Alexei vivera,
encarniçara: a biba estava morta.
Posuda feito um gato que se coça,
a primeira a chegar foi Ivan Junqueira.

Olhara muito esnobe e de esguelha
pra todos os pertences da cabrocha,
mas concentrou seus olhos numa tocha
que reluzia firme a queimar cera.

Aquele fogo azul, de labareda,
iluminava bem tão suja choça
e, de bunda pra cima e barba grossa,
o corpo da defunta aparecera.

Rotundo como o fruto da figueira,
seu ânus segurava aquela tocha
tão firme que a Ivana frouxa e brocha
sonhou morrer também desta maneira.

Então, simbologistas arriscaram
em vão solucionar profuso enigma:
mas que viria a ser aquela insígnia,
memória dos seus versos que vingaram?


                                                        De Caribó Literato
                                                        corno, poeta e viado 


  

Nenhum comentário:

Postar um comentário