para Luiz Mott e Olavo de Carvalho: amigas fraternas de todas as horas
Só eu
que sou
a biba
poetisa!
O resto?
O resto
é tudo
enrustida.
Mayrete e
Carlete
são como
chiclete,
grudadas,
surradas,
caçando
pivetes;
disfarçam o
raibã,
mas fazem
boquete.
A Guga,
minha filha,
imita
a Ivete,
mostrando a
calcinha,
só vive
de frete;
se faz
de santa,
mas abre
o leque!
A Inácia,
coitada,
odeia a
Guguete
e assiste
de noite a
novela
das sete,
só fala
em cavalo
mas gosta é
de jegue.
Vivia
colada
na tal
Elizete,
bicha
mendiga,
adora
croquete!
Um dia a
Leílta
pintou
o sete,
chamaram
a Inácia
de puta
peguete,
babava
demais
os pobres
dos mestres.
Tem uma
que é velha
(um caco, a
caquete)
é a tal
da Espinha,
que é burra e
repete
o tempo
inteiro
o mesmo
claquete.
Antonia
de Feira
roçava a
Perrete,
marica
nervosa
com muito
topete.
Silvéria
maluca,
careca e
solerte
armou
um plano
de ser
a vedete
mais lida,
cozida,
comida,
um crepe,
porém,
não tinha
recheio
o doce
da Grete.
De Caribó Literato,
corno, poeta e viado